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MAMBA NEGRA

2021
SP

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Dos antigos galpões e fábricas desativadas de São Paulo contaminados pela MAMBA NEGRA, surge a banda eletrônico-orgânica TETO PRETO (2014).

 

CARNEOSSO

(@_carneosso)

(voz / composição / performance)

Mari Herzer

(@mariherzer)

(eletrônicos)

Matheus Câmara

(@entropialive707) 

(eletrônicos / guitarra)

William Bica

(@bica_tocalino)

(percussão / trombone)

 

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A banda TETO PRETO, um dos maiores destaques da cena underground paulista dos últimos anos, surge do encontro da música ao vivo com música eletrônica das festas, casas noturnas e festivais de rua. 

 

Com um repertório autoral de colagens, canções e pós-canções, o grupo instaura uma atmosfera fortemente feminina, emocionada, emocionante.

O corpo político é desmantelado e transfigurado em fluídos, sensações e imagens. Um acordo comum quanto ao elemento espontâneo do risco.

 

O vocal arde, tecido a mil fios elétricos armados. Processado em tempos reais, o corpo se extende aos (d)efeitos. A percussão traz os timbres da conga sincopada, da cuíca e o sopro do trombone distorcido. A bateria, os sinths o bassline, Mari e Matheus, estabelecem uma pulsação melódico-harmônica incansável impregnada pelo dubstep, pop, krautrock, pós punk, industrial, acid e experimental.

 

O resultado dessa mistura não tem gênero.  É um eletrônico devorado e devolvido a pista como ritual coletivo performático. 

 

A dança-linguagem que criamos é som, imagem em ação. É também o que acontece ao redor. É urgente, agonizante, e potente, barulhento, vivo. A gente se agarra, se joga no inesperado, há muita energia corpórea nesse encontro”, contextualiza Laura Diaz, vocalista fundadora da TETO PRETO e idealizadora da festa MAMBA NEGRA, berço da banda e referência da cena eletrônica de São Paulo.  

Com quatro lançamentos pelo selo independente MAMBAREC, o EP "Gasolina" (2016), o single "Bate Mais"(2018), o álbum "Pedra Preta" (2018), banda recebeu destaque de importantes listas dos melhores discos de 2018 na APCA, Crack Magazine, BeeHype, Azoofa, foi considerado um dos principais álbuns do ano:

“Como um documento de época, o coletivo TETO PRETO, ao lançar PEDRA PRETA, seu primeiro LP, revela as fraturas expostas de um Brasil calcado na violência, na indiferença e no sadismo.”

Renato Gonçalves, Revista Bravo.

“Milimetricamente dissecadas, as profecias abstratas escritas e personificadas com furor por Laura Diaz ganham voz fora das pistas.”

Alex Kidd, Folha de São Paulo

 “(..) os teclados lembram muito o virtuosismo grooveado do Azymuth e o trombone de Bica faz aquele carinho que só os grandes da gafieira sabem fazer. E, por cima deles, a voz aberta de Laura Diaz, encarnando uma Elis Regina, lava a alma. Laura é hoje sem dúvida uma das maiores vozes do Brasil”

Revista Bravo

Em 2020, lança o álbum "Pedra Preta Remixes", o single "Tu Cuerpo Es Una Armada" pelo selo Onda Mundial (MEX) e o remix oficial da faixa "Vai Embora" para Pabllo Vittar.

As performances inesquecíveis da banda marcaram os principais festivais independentes do Brasil: Boiler Room (SP), SP na RUA (SP), RED BULL (SP), DEKMANTEL (SP), RIDER (RJ), REC BEAT (PE), MECA (MG), Sensacional (MG), Subtropikal (PR), BANANADA (GO), PIC NIK (DF), CCBB – Música e Performance (SP), Se Rasgum (PA), Madá (NA).

 

Entre 2019 e 2020, viajando o mundo no Festival Tremor (POR), Room 4 Resistence (ALE), Dark Mofo (AUS), Les Escales (FRA), Pop Montreal (CAN), Les Nuits Sonores (BEL) e Festival Unsound (POL), Festival Bahidorá (MEX).

Em 2021, a banda estreia sua nova formação na MAMBA NEGRA e na Casa de Criadores em duas lives inéditas e uma instalação artística audiovisual no MASP. Para 2022, preparam o 2o álbum previsto para maio

Indicado ao Prêmio de Melhor Live Nacional
no Video Music Festival, 2020

Vencedor do Prêmio de Melhor Direção Nacional
no Video Music Festival, 2017 

SOBRE "GASOLINA" EP,

por José Augusto Castelán

O EP mostra o quarteto em ótima forma, vindo com dois sons extremamente poderosos. “Gasolina”, a primeira faixa, vem se espalhando pelo Brasil como fogo selvagem e já demonstra de cara uma identidade sonora cuidadosamente lapidada. Perceba como essa faixa cria tensão e lhe causa arrepios pra logo depois te causar um certo alívio só pra repetir esse loop. A letra também é uma sugestão ao caos em que vivemos, um convite à rebelião necessária para que tenhamos cultura florescendo em todos os cantos.

 

Além disso, ela já ganhou um videoclipe, e acredito que ele traduz muito bem essa tensão através da performance visceral de Loic Koutana. O francês contorce sua musculatura de maneira inquieta ao longo do vídeo e em diversas localidades. Seja fazendo um molotov de tinta preta que é atirado em escombros, seja incorporando o som de “Gasolina” em plena Avenida Paulista ao lado de uma viatura da Polícia Civil, o performer aqui traduz com seu corpo uma série de sensações presentes em uma juventude inquieta e inconformada com um país que escolhe romper com sua estrutura ao invés de se repensar e traçar um plano para todos.

A faixa também foi remixada pelo Carrot Green (RJ) e está presente no lançamento em sua versão em vinil. Também saiu no EP uma versão de “Já Deu Pra Sentir” do Itamar Assumpção, que demonstra mais uma vez a identidade do grupo em suas composições. O kick é sobreposto por percussões e sopros intrigantes, a voz dança com linhas de sopro que vêm e vão, sintetizadores dão suas notas revezando-se com o som da cuíca, fazendo você praticamente deslizar pelos 10 minutos de faixa. Aqui o lançamento fecha com chave de ouro.

Mas acho que não poderia deixar de lado a capa do EP. Uma cruz robusta e preta em cima de um fundo branco que remete a uma estética punk, do it yourself, que parece oriunda da necessidade de transmitir arte da maneira mais crua possível sem se adaptar a esse ou aquele padrão. Cruzando a capa um traço que bifurca em uma das pontas, assim como o círculo usado no logo da Mamba Rec, representando a Mamba Negra. O desenho é hasteado por Loic Koutana no clipe de “Gasolina”.

Fotos: Tatá Guarino
Design: Estúdio Margem e Kakubo

PRESS

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